01 abril 2008


A máquina fotográfica é uma máquina do tempo.
Presenteia o portador com a vida eterna.
É a poesia engarrafada.

Eu não quis dormir, caí em mim com a manhã que rasgava o morro,
lambi com todos os olhos meus pássaros que nasciam na varanda.
Só eu via o invisível, eu e eles.
Assim como as aves, os poetas vêem o vácuo.

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