26 fevereiro 2008

Eu pensava à respeito dos relacionamentos mal acabados. Tentava saber o quê mais me dava saudade das pessoas. Se eram os carinhos, o primeiro convite para sair, a primeira mensagem sentindo saudade. Mas não eram. Eram suas nucas.
Não muito tempo atrás um certo sujeito costumava ser a engrenagem do meu mundo, agora eu já não consigo lembrar da sua risada. Ou sequer dos seus olhos. Mais sua nuca, está aqui na memória, intacta.
Lembro-me das mãos, dos pés, e das palavras indelicadas. Mas da nuca mais de qualquer coisa.
E foi então que um amigo me disse:
-É isso explica muita coisa. Acho que você consegue amar qualquer coisa que tenha pescoço, e por sua vez, nuca.
É, explica muita coisa mesmo.

2 comentários:

theopi disse...

Pode ser aquela coisa de só dar importância pra quem te dá as costas.

Helena disse...

é.
isso seria triste.
mas é uma das poucas verdades indiscutiveis do mundo.